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Aos tímidos, com carinho


O primeiro dia na escola nova.

A primeira conversa com a paquera.

E como se esquecer da primeira fala em público?

Só de lembrar dessas situações, já dá aquele “friozinho na barriga”.


Situações como essas podem gerar inúmeras reações entre os diferentes perfis, mas a fala de hoje, será sobre os introvertidos e os tímidos.


De acordo com a Dra. Thalia Eley, professora de genética do desenvolvimento e do comportamento no King's College London para a BBC News Brasil, a “timidez” é um traço de temperamento. E temperamento é uma espécie de precursor da personalidade.


Os introvertidos podem se confundir com os tímidos, mas não é bem assim.

Introvertidos interagem, socializam e não apresentam sofrimento com o seu jeito de ser. Introvertidos preferem a recarga emocional de maneira mais solitária, como a chamada “solitude” e calma.


Já os tímidos evitam alguns contatos sociais, se preocupam em excesso com o julgamento dos outros, apresentam sintomas físicos e emocionais quando expostos a outras pessoas sejam elas conhecidas ou não.

Ou seja, timidez “dói”. Porque a timidez é um padrão de comportamento que gera medo, ansiedade e desconforto. Por vezes, está atrelada a insegurança emocional.


No universo da comunicação, os introvertidos, se bem trabalhados, podem sair a frente! Por serem em geral mais

focados e analíticos, dificilmente falarão por impulso. Tendem a ser mais acessíveis e observadores. Por falarem menos, escutam mais: capacidade cada vez mais valorizada nas relações interpessoais.


A chamada “escuta ativa” que fortalece as conexões, transmite confiança e diminui as chances de ruídos na comunicação. Porém os tímidos ficam tão preocupados com o julgamento alheio, que apresentam mais dificuldade em escutar. Eles escutam mais as emoções que se transportam para o corpo: é o coração que dispara, a boca que seca, a mão que gela, e o corpo que transborda pelos poros uma emoção que já não cabe mais dentro dele.


Na comunicação, a timidez transparece de diversas maneiras: corpo tenso, gesto contido, olhar que evita o outro, voz fraca ou até o “atropelar” de palavras, articulação imprecisa, excesso de objetividade ou mesmo a dificuldade em organizar a mensagem de maneira clara.

Mas acredite: por meio da terapia fonoaudiológica é possível lapidar e suavizar os sinais provocados pela timidez.

O trabalho do fonoaudiólogo consiste em fortalecer o posicionamento do tímido nas diferentes situações do dia a dia.


Ajudá-lo a se observar com mais autoestima e consciência. Não é sobre alterar a essência, mas sim aprender a conviver melhor com as emoções e tirar proveito delas.


Ao identificarmos, por exemplo, que a timidez influencia no volume da voz, oferecemos uma série de recursos vocais, articulatório e/ou posturais que influenciarão diretamente nesse volume.


É possível desenvolver maneiras de iniciar conversas (fáceis e até mesmo as difíceis), ou mesmo se posicionar de forma mais assertiva. A ideia é valorizar, por meio da comunicação, o conteúdo que o paciente já tem!


Transformar a comunicação em trunfo é apenas uma questão de disponibilidade, tempo e treino!


Um sonoro abraço,




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