Comunicação e democracia...
Na semana passada acompanhamos, pela TV, a cerimônia de posse que marcou o início do mandato de Joe Biden como presidente e Kamala Harris como vice-presidente dos EUA. Seu antecessor, Donald Trump, não compareceu à cerimônia quebrando o protocolo ao deixar a Casa Branca antes da chegada de Biden. Uma atitude que simboliza, de maneira concreta, sua aversão ao diálogo!
Por outro lado, uma cena inusitada chamou a atenção! Os três últimos presidentes Bill Clinton, George Bush e Barack Obama compareceram ao Capitólio para prestigiar o novo presidente e o que eles fizeram? Conversaram! Isso mesmo, expressaram de forma clara, contundente, madura e respeitosa suas considerações sobre a importância da democracia.
Obama, por exemplo, falou sobre a necessidade da escuta. Para ele, não basta escutar apenas quem concordamos, muito pelo contrário, é preciso saber ouvir aqueles que discordamos e buscar, um ponto comum capaz de superar as diferenças.
Bush ressaltou que a transição pacífica de poder representa a integridade institucional de um país. E que torcer pelo sucesso de Biden é torcer pelo sucesso dos EUA.
Por fim, Clinton lembrou da responsabilidade que é falar por um país!
Não existe democracia sem comunicação! Sempre há um ponto comum, o problema é que muitas vezes a raiva, o pré-conceito, ou até mesmo a insegurança de caminhar pelo desconhecido nos impede de circular por lugares diferentes. Não é fácil, mas é necessário! Muitas pontes deixam de ser construídas quando não permitimos que a comunicação assuma seu papel na criação de relações saudáveis.
E aí? Como tem usado sua comunicação? Estilo ponte? Ou estilo muro?
Mariana Jacarandá
